Os Instrumentos da Orquestra

Site: AE Padre Vítor Melícias
Disciplina: Música 3º Ciclo
Livro: Os Instrumentos da Orquestra
Impresso por: Visitante
Data: sexta-feira, 3 de maio de 2024 às 01:55

Descrição



Aqui poderão recolher informação mais pormenorizada sobre os Instrumentos da Orquestra.



A Orquestra


Nos dias de hoje, usa-se a palavra orquestra para indicar um conjunto razoavelmente grande de instrumentos que tocam juntos. Estes são agrupados em famílias ou naipes que compartilham certas características em comum. São eles: Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. Uma orquestra pode apresentar-se fundamentalmente de três maneiras: sozinha; acompanhando as vozes, como em uma ópera ou em um oratório, ou acompanhando um instrumento solista, como em um concerto. Pode também acompanhar os bailarinos e um balet, ou no teatro, tocar a música incidental (que dá ênfase a certos momentos do enredo ou que é tocada entre os actos de uma peça). orqu

As Cordas

Desempenham o papel mais importante na maior parte das músicas, são colocadas na frente e dispostas ao longo de toda a plataforma no sentido de sua largura. As cordas são a "espinha dorsal", pois elas constituem mais de metade dos componentes de uma orquestra. O naipe das cordas é formado por: Violino, Viola, Violoncelo, Contrabaixo e Harpa. A parte tocada por estes instrumentos corresponde aproximadamente às vozes que, num coro, pertencem ao soprano, ao contralto, ao tenor, ao barítono e ao baixo.




Violino
viln

O violino apareceu na Itália durante a primeira metade do séc. XVI. Para tocá-lo, o instrumentista segura o violino de maneira a colocá-lo entre o ombro e o lado esquerdo do queixo, e apesar de as cordas poderem ser postas em vibração quando são dedilhadas com as pontas dos dedos (pizzicato), a maneira mais comum de fazê-las vibrar é passando o arco transversalmente nelas. O arco é uma vareta de madeira ao longo da qual são esticados mais de 200 fios de crina de cavalo, e antes que o arco possa ser usado é necessário passar uma resina na crina, chamado Breu, para uma maior aderência desta às cordas.




Viola
vio

A viola é um sétimo maior que o violino e ligeiramente mais pesada. Como o violino, é colocada debaixo do queixo para ser tocada, mas como o seu comprimento é maior, o instrumentista precisa estender um pouco mais o braço esquerdo para tocá-la. As cordas da viola são mais compridas e mais grossas em comparação com as do violino, e consequentemente, possui um som mais grave que se situa entre o violino e o violoncelo.
O fato das cordas serem um pouco mais grossas que as do violino, confere à viola um timbre um pouco mais escuro e rico, menos brilhante que o violino, a corda mais grave da viola é uma quinta abaixo da corda mais grave do violino.





Violoncelo
violcel












O violoncelo é também muito conhecido pelo nome de cello, que constitui o diminutivo do termo em italiano. Ele é obviamente grande demais para ser colocado sob o queixo como o violino e a viola, por isso o violoncelo é sustentado, e levemente apertado pelas partes internas dos joelhos do executante, apoiando-se no solo por uma vareta regulável de metal chamado espigão. O violoncelo tem a maior extensão de todos os instrumentos de cordas, cobrindo quase quatro oitavas. Por possuir cordas mais longas e grossas, e de ser maior que o violino e a viola, o violoncelo tem um som cheio e penetrante, seu timbre é gloriosamente intenso e rico, as quatro cordas do violoncelo são afinadas uma oitava abaixo da viola.







Contrabaixo
CtrBx












O contrabaixo, também conhecido pelo diminutivo baixo, é muito maior que o violoncelo, portanto, suas cordas são ainda mais longas e grossas. Para tocar o contrabaixo, é necessário que o instrumentista ou fique de pé ou parcialmente sentado em um banco ou tamborete bem alto. Hoje em dia, os baixos possuem quatro cordas, e às vezes, cinco, essa quinta corda alcançando o dó grave e desse modo situando a extensão do contrabaixo uma oitava abaixo do violoncelo. O contrabaixo pode ser também tocado com arco, porém, seu som tocado com a ponta dos dedos (pizzicato) é muito característico e conhecido. Os contrabaixos dão profundidade e ressonância ao naipe das cordas e praticamente a toda orquestra.






Harpa
hrp











A harpa é um dos instrumentos mais antigos, e provavelmente, origina-se das vibrações de um arco de caça, a harpa moderna possui 47 cordas. A partir do dó médio, as cordas da harpa são, hoje em dia, de náilon, as cordas graves são feitas de tripa e as onze mais graves, enroladas com fio metálico. Para ajudar o harpista a localizar corretamente as notas, todas as cordas dó que não são enroladas com fio metálico têm a cor vermelha e as cordas fá são azuis. Para que a harpa, com apenas 47 cordas, possa abranger toda a extensão de notas que ela pode tocar, na base da harpa encontram-se sete pedais, um para cada nota da oitava, e cada pedal possuem três posições, uma para sons naturais, outro para bemóis, e o último para sustenidos.




Piano
Pin







O piano é um instrumento de teclado de variada sonoridade, que possui quatro elementos essenciais: cordas, mecanismo, caixa de ressonância e caixa externa. É um instrumento muito desenvolvido e é o único que reproduz ao mesmo tempo melodia e harmonia, tendo a capacidade de cobrir quase todos os sons utilizados na música. Os pianistas podem tocar como solistas de uma orquestra ou como parte da orquestra; e como parte de pequenos conjuntos de câmara ou como solistas.

Madeiras


A estes instrumentistas cabem, muitas vezes, solos importantes. Sentam-se no centro da orquestra, diretamente em frente do regente, em um plano mais elevado que o das cordas. O naipe das madeiras é composto por: Flautas, Flautim, Oboé, Corne-Inglês, Clarinete, Clarone ou Clarinete baixo, fagote e Contra Fagote.



Flauta Transversal
flt






Instrumento de sopro, feito de metal, posicionado no sentido horizontal. Os sons são produzidos pelo princípio de soprar-se por um orifício aberto em uma de suas extremidades, apoiando o lábio inferior. Esta extremidade se denomina bocal, sendo o restante da flauta o seu corpo, contendo as chaves para a execução das notas. Existem as flautas tocadas na posição vertical, chamadas de flautas de bico ou doce. Há muitos séculos se utiliza a flauta, mas a sua utilização na orquestra somente no século XVII. No princípio eram de madeiras e sem chaves, apenas orifícios abertos para se fechar com os dedos. Por essa razão pertence ao naipe das madeiras apesar da flauta ser totalmente de metal.

Flautim
flatm



É um instrumento de sopro semelhante a flauta transversal com um comprimento menor e mais fino. Pode ser de madeira ou metal. O flautim pode ser chamado de flauta PICCOLO. Ele é posicionado da mesma maneira que a flauta no sentido horizontal. Por ter um comprimento menor que a flauta, o flautim possui um som mais agudo que a flauta transversal. O flautim é tocado pelo mesmo músico que toca flauta transversal.





Oboé
obo









Instrumento de sopro, feito de madeira, que é tocado na posição vertical, sendo o ar soprado diretamente no próprio orifício através de uma palheta apoiada na boca. Esta palheta é feita de uma tira de cana especial, dobrada e colocada uma sobre a outra, formando uma palheta dupla. O restante do seu corpo é de madeira com as chaves de metais. O oboé tem origem em um instrumento de sopro utilizado desde a antiguidade, sendo incorporado na orquestra no século XVII.





Corne Inglês
CrnIng









Instrumento de sopro semelhante ao oboé com um comprimento maior, produzindo sons mais graves. O seu corpo é de madeira com chaves de metais. Também utiliza palheta dupla para executar o som. O corne inglês é utilizado em algumas peças orquestrais e é tocado pelo mesmo músico que toca o oboé.





Clarinete
CLnt







É um instrumento de sopro, com o corpo de madeira e chaves de metal, que se utiliza de palheta para executar o som. A palheta do clarinete é simples, ao contrário do oboé que é dupla. A palheta simples do clarinete é apoiada na extremidade do corpo do instrumento chamada de boquilha. O músico apoia a boca na boquilha com o lábio inferior apoiado na palheta, assoprando diretamente no orifício do clarinete.

Dizem que por volta de 1690, durante o Barroco, havia rumores de que a flauta doce, instrumento extremamente popular da época, já mostrava sinais de decadência. Esperançoso, um fabricante de instrumentos que vivia em Nuremberg, Alemanha, chamado Johann Christoph Denner, resolveu aperfeiçoar a flauta doce para que ela não caísse no esquecimento.

O clarinete foi inventado por volta de 1690 e incorporado na orquestra no século XVIII.



Clarinete Baixo
ou
Clarone
ClntBx








Também chamado de clarinete baixo, é duas vezes maior que o clarinete, feito de madeira e chaves de metal. Para poder tocar o clarone é necessário apoiá-lo no chão ou apoiá-lo com uma tira no pescoço. Tem as mesmas características que o clarinete mas por ser maior, ele toca em uma região mais grave. Se utiliza de uma palheta simples como o clarinete. Ele é tocado pelo mesmo músico que toca o clarinete, sendo usado apenas em algumas peças orquestrais.






Fagote
Fgt










É um instrumento de sopro tocado de maneira semelhante ao oboé, pois possui uma palheta dupla. O seu corpo é maior que o oboé, sendo este corpo dobrado sobre si mesmo. O corpo do fagote é de madeira com as chaves de metal. A palheta dupla é encaixada num pequeno tubo que sai do corpo do instrumento. Para tocar o instrumento é necessário apoiá-lo no corpo do músico. O fagote se originou de instrumentos utilizados desde a Idade Média, e foi incorporado na orquestra no século XVII




Contra-Fagote
CtrFag







Este instrumento é maior que o fagote e toca notas mais graves que o fagote. O seu corpo é de madeira com as chaves de metal. Utiliza da mesma maneira que o fagote uma palheta dupla, que é encaixado em um pequeno tubo que sai do corpo do instrumento. O contra-fagote vem da mesma família que o fagote, e ele é utilizado na orquestra em algumas peças orquestrais. O contra-fagote é tocado pelo mesmo músico que toca o fagote.

Metais


Estes instrumentos são dispostos atrás das madeiras para não abafar os sons mais suaves destas e das cordas com o seu som poderoso e de muito volume. O naipe dos metais inclui: Trompa, Trompete, Trombone e Tuba.





Trompa
trpa








O principal ancestral da trompa moderna era um tubo com um certo comprimento e terminando em uma campânula aberta, usada para dar toques e sinais durante uma caçada. O trompista da orquestra moderna usa sua mão esquerda para controlar as três válvulas, apoiando o instrumento ao colocar sua mão direita dentro da campânula. Os trompistas usam freqüentemente, hoje em dia, a trompa dupla, que consiste em duas trompas em uma. As três válvulas rotativas controlam dois jogos de voltas adicionais, um tendo como nota fundamental fá e o outro, si bemol, uma quarta acima. Pode-se mudar de uma afinação para outra por intermédio de uma quarta válvula, acionada pelo polegar.

 


Trompete
Trpt





Na época medieval, os trompetes eram usados em acontecimentos militares ou cerimônias, executando fanfarras brilhantes, baseado no limitado número de notas da série harmônica. Foi incorporado à orquestra tocando em óperas e música sacra no início, para reforçar as passagens que expressassem estados de espírito tais como alegria ou triunfo. O trompete era um instrumento muito limitado, pois antes da invenção do sistema de válvulas, estava restrito às notas naturais da série harmônica. Várias tentativas foram feitas para aumentar a extensão de notas, que foi resolvido com a invenção do sistema de válvulas muitas anos depois. Hoje são usados vários trompetes nas orquestras, o mais comum é afinado em si bemol e em dó, mas encontram-se trompetes afinados em ré e fá agudo, para peças que requeiram o registro agudo.






Trombone
Trbn









A palavra em italiano significa trompete grande, em lugar de válvulas, o trombone utiliza uma vara móvel, uma extensão de tubo em forma de U, que se encaixa no tubo principal, deslizando sobre ele com extrema facilidade e suavidade (também existe o trombone de pistões). O trombonista pode ajustar, fácil e imediatamente, a vara de forma a encurtar ou aumentar o comprimento total do tubo, e existem sete posições para a vara, baseadas nas sete notas fundamentais. Existem três tipos de trombones: o tenor, que é o que mencionamos anteriormente, o tenor-baixo que possui um tubo adicional, ampliando sua extensão até o trombone baixo, e que é utilizado por intermédio de um mecanismo de chave, acionado pelo polegar, e o trombone contrabaixo afinado uma quinta abaixo do tenor-baixo, que às vezes, é incluído na orquestra.






Tuba
Tub








A tuba toca as notas mais graves da seção de metais, e é o membro mais jovem da seção, tendo sido inventada por volta de 1820. As tubas são construídas em diversos tamanhos e alturas, e têm de três a cinco válvulas e atualmente, a maior parte dos tubistas usa a tuba dupla que, assim como o trombone tenor-baixo e a trompa em fá e si bemol, combina duas afinações em um só instrumento. O diâmetro interno, amplo e cônico, e o bocal com o formato de taça conferem à tuba um timbre redondo, cheio e rico, porém um pouco oco e surdo. Às vezes, a tuba é utilizada para tocar uma melodia, mais freqüentemente, a tuba reforça a linha do baixo da peça e estabelece uma base sólida para a seção de metais.

Percussão


Esta seção oferece um fundo rítmico e efeitos especiais de timbre. É composta de: Tímpanos, Bombo, Caixa-Clara, Pratos, Triângulo, Glockenspiel, Xilofone, Carrilhão e Tantã, entre outros.




Tímpanos
TPN






O tímpano é constituído de uma membrana de plástico ou de couro, esticado sobre uma bacia de cobre. O tímpano é o único tambor que produz notas de alturas diferentes, tendo no máximo quatro tímpanos de diferentes larguras, cada qual com uma extensão de notas diferentes. Possui duas baquetas com a cabeça de feltro para bater no tímpano. O som produzido no tímpano pode ser de nota isolada ou o rufo, alternando rapidamente as batidas nos tímpanos, produzindo um som contínuo. O tambor é utilizado desde as antigas civilizações, sendo o tímpano incorporado na orquestra no século XVII.


Glockenspiel
Glock



Este instrumento de percussão tem cerca de trinta placas de metal dispostas de maneira semelhante ao piano. As placas têm tamanhos de acordo com as notas que elas soam. A batida nas placas é feita através de uma baqueta rígida.



Xilofone
Xilo


Ouvir

O xilofone é semelhante ao glockenspiel, mas ao invés das placas serem de metais, elas são de madeira. Para ajudar a sustentar o som, embaixo de cada placa é colacada uma caixa de ressonância. Para se executar a batida também se utiliza uma baqueta.





Carrilhão de Orquestra
Crrlh










O carrilhão de orquestra , também chamado de sinos tubulares é um instrumento musical da família da percussão. Ele é formado por cilindros de metal de 30 a 38 milímetros de diâmetro, afinados de acordo com a variação comprimento de cada um. Os tubos são dispostos verticalmente lado a lado numa sequência cromática de uma oitava e meia, indo do Dó5 ao Fá6. Existem versões com extensão até o Fá4, mas estes são muito pesados e raramente são usados.

Os tubos do carrilhão de orquestra são percutidos na parte de cima com pequenos martelos, geralmente com cabeça de plástico. O som se assemelha ao dos pesados sinos de igrejas, como se pode ouvir na Symphonie Fantastique de Berlioz e na 1812 Overture de Tchaikovsky, dentre outras obras.
Usado na orquestra para produzir efeitos especiais.




Caixa de Rufo ou Tarola
CX








Muito usada em acontecimentos militares, a caixa clara possui duas membranas de plástico ou couro, sendo a superior a percutida por duas baquetas rígidas de madeira e a inferior contendo uma esteira, fazendo soar um som mais claro, enérgico e chocalhante. Pode ser dado batidas isoladas ou efeito de rufo, sequência alternada e rápida das batidas das baquetas. É usado na orquestra para produzir alguns efeitos especiais.